Quase 5 mil pessoas tiveram um encontro marcado neste sábado (29) em Paris, na França, para dançar ao ritmo de um grupo francês que conquistou a fama na década de 1980. O evento faz parte de um estudo científico há muito aguardado para um setor especialmente afetado pela pandemia. O público do show da banda Indochine não precisou manter distanciamento, mas foi obrigado a usar máscaras.
Durante a apresentação, um dos membros do grupo, Nikolas Sirkis, pediu ao público que "fizesse barulho" pelo trabalhadores sanitários, os cientistas e, também, para prestar homenagem "a todos os mortos pela covid".
Essa experiência, que já foi realizada em outras partes da Europa, foi adiada várias vezes na França e acontece em um momento em que a situação de saúde está melhorando e a vacina está prestes a ser oferecida a todos os adultos.
Neste momento, este tipo de evento é autorizado na França, mas desde que a distância de quatro metros quadrados entre cada pessoa seja respeitada, o que obrigou o cancelamento de muitos porque se tornaram financeiramente insustentáveis.
O show deste sábado pretendia mostrar que se os espectadores forem testados, eles não correm o risco de serem contaminados. O público tinha entre 18 e 50 anos e não devia apresentar nenhuma patologia que provoque o risco de morte em caso de infecção, como diabetes ou obesidade grave.
— Há meses que não temos tido shows. Voltar a ver a multidão faz bem, devolve o gosto pela vida — disse Loïs, uma técnica de laboratório de 30 anos, que conseguiu um lugar perto do palco.
Experiências anteriores, na Espanha e no Reino Unido, não mostraram riscos elevados de infecção. Mas os resultados encorajadores do primeiro show-teste europeu, realizado em Barcelona em dezembro, são difíceis de extrapolar devido às "rígidas" condições de prevenção que foram impostas, alertou um estudo publicado na sexta-feira.