Pelo menos cinco pessoas morreram nesta terça-feira (27) em manifestações contra a junta militar que governa o Chade desde a morte do presidente Idriss Déby Itno, há uma semana, informaram fontes oficiais.
As manifestações, que não tiveram participação maciça, foram convocadas por partidos da oposição e organizações da sociedade civil contra o conselho de transição que governa o país desde a morte do presidente e que é presidido por seu filho, Mahamat Idriss Déby.
Policiais e militares dispersaram os protestos, que não haviam recebido autorização.
Mahamat Idriss Déby prometeu em discurso transmitido pela TV um "diálogo nacional inclusivo" durante um período de transição de 18 meses.
"O Chade continuará assumindo seu papel e suas responsabilidades na luta contra o terrorismo e apoiará todos os seus compromissos internacionais", declarou o novo presidente, que não evocou os protestos nas ruas durante seu discurso.
Na capital foram registrados quatro mortes, entre elas a de uma mulher "nas mãos dos manifestantes", disser à AFP Youssouf Tom, promotor da capital.
Outro manifestante morreu em Moundou, a segunda cidade do país, segundo o promotor local.
O Chade é um país-chave na luta contra o extremismo islâmico que castiga a África ocidental, especialmente a grande região desértica do Sahel.
Ao menos 12 militares e 40 extremistas islâmicos morreram em combates posteriores à tomada de uma posição do exército pelos jihadistas no norte do país, informou nesta terça o governador da província, Mahamat Fadoul Mackaye.
O incidente ocorreu na região do lago Chade, uma vasta região pantanosa e de ilhotas habitadas, algumas das quais são refúgio do grupo nigeriano Boko Haram ou de seu braço dissidente, o Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap).
* AFP