O presidente senegalês, Macky Sall, declarou um dia de luto nacional para esta quinta-feira após protestos recentes que deixaram pelo menos cinco mortos, anunciou o governo nesta quarta-feira (10).
Durante o dia nacional de luto, "as bandeiras estarão a meio mastro, neste dia de comunhão, recolhimento e oração pelos nossos amados desaparecidos", afirmou o governo em comunicado.
Os organizadores do protestos falam em 11 mortos nos distúrbios dos últimos dias - o episódio mais grave de violência desde 2012 neste país conhecido por sua estabilidade na África Ocidental.
O grupo de oposição senegalês Movimento pela Defesa da Democracia (M2D) já havia convocado na véspera um dia de luto na sexta-feira e manifestações "pacíficas" em todo o país no sábado.
Jovens e forças de segurança entraram em confronto na semana passada após a prisão de Ousmane Sonko, um líder da oposição visto como um dos principais candidatos às eleições presidenciais de 2024.
As tensões diminuíram na terça-feira, um dia após sua libertação e um discurso do presidente senegalês pedindo "calma".
Sonko foi acusado na segunda-feira de assédio sexual após uma ação movida contra ele por uma funcionária de um salão de beleza, que segundo ele, tratava dores em suas costas.
O opositor, liberado sob controle judicial, garante que sua detenção se trata de um complô orquestrado por Sall para afastá-lo das próximas presidenciais, algo que o chefe de Estado nega.
* AFP