Duas pessoas morreram no Níger durante distúrbios após o anúncio na terça-feira do resultado das eleições presidenciais que deram a vitória ao candidato Mohamed Bazoum, anunciou o ministro do Interior, Alkache Alhada, nesta quinta-feira (25).
"O saldo é de dois mortos", declarou o ministro à imprensa, que anunciou 468 detenções desde terça-feira, "incluindo alguns políticos", que não identificou.
Uma das duas vítimas morreu após uma crise de epilepsia durante uma manifestação e a outra foi morta a tiros.
"Também houve destruição de infraestruturas, bens públicos e privados", segundo Alhada.
O ministro responsabilizou o principal opositor Amadou Hama - que não se apresentou à eleição devido a uma condenação judicial, mas apoiou a candidatura de Mahamane Ousmane.
"O principal responsável é procurado e, como de costume, está foragido, mas o encontraremos", afirmou o ministro.
A Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) proclamou na terça-feira Bazoum como vencedor das presidenciais de domingo com 55,75% dos votos, contra 44,25% de Ousmane, que rejeitou esses resultados e reivindicou uma vitória com 50,3%.
Após os resultados, houve distúrbios em Niamey e outras cidades do país. Manifestantes foram às ruas e atacaram as forças de ordem que responderam com gás lacrimogêneo.
Nesta quinta-feira pela manhã, a casa do correspondente da Radio France Internationale (RFI) no Níger, Moussa Kaka, foi vandalizada e parcialmente incendiada em Niamey por desconhecidos.
* AFP