Milhares de pessoas ficaram desabrigadas no centro de Moçambique após a passagem do ciclone Eloise, que matou seis pessoas, de acordo com as autoridades locais e equipes de resgate.
Entre os seis falecidos, há uma criança com menos de dois anos, segundo as mesmas fontes.
"Cerca de 7.000 pessoas foram deslocadas e mais de 5.000 casas foram destruídas, danificadas ou inundadas", informou o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), citando dados do governo moçambicano.
O saldo pode aumentar nos próximos dias, segundo o OCHA.
O impacto de Eloise neste país da África Austral foi, no entanto, menos significativo do que os danos causados pelo ciclone Idai em 2019.
As inundações atingiram os subúrbios da cidade portuária de Beira.
Centenas de pessoas se refugiaram em uma escola e precisam urgentemente de alimentos e remédios, disse à AFP o porta-voz do Unicef em Moçambique, Daniel Timme.
De acordo com esta organização, Eloise afetou "seriamente" cerca de 176.000 pessoas, metade delas crianças.
As equipes de resgate estavam na região nesta segunda-feira, para ajudar a população.
O ciclone atingiu a costa na sexta-feira à noite, na zona costeira do centro de Moçambique, a cerca de 60 km de Beira.
Provocou rajadas de ventos de até 150km/h e chuvas torrenciais.
Cerca de 142.000 hectares de terras agrícolas foram arrasados, de acordo com o Unicef, bem como 26 centros de saúde e 76 salas de aula.
* AFP