Pressionado por congressistas de todas as alas e com quase uma semana de atraso, o presidente Donald Trump assinou no domingo (27) à noite o novo plano de ajuda para a economia americana, anunciou a Casa Branca, ampliando os benefícios para milhões de cidadãos que lutam contra a pandemia e a crise.
O pacote, que "proporciona resposta de emergência ao coronavírus e alívio", no valor de US$ 900 bilhões, é parte de uma legislação mais ampla que, com a assinatura de Trump, evitará a paralisação das atividades do governo a partir de terça-feira (29).
"Estou assinando este projeto de lei para restaurar o seguro-desemprego, interromper os despejos, fornecer assistência de aluguel, adicionar dinheiro para os programas de empréstimos para empresas, devolver nossos funcionários do setor aéreo a seus empregos, adicionar substancialmente mais dinheiro para a distribuição de vacinas, e muito mais", afirmou o presidente em um comunicado publicado de sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida, onde passou o Natal.
A mudança aconteceu após um dia de pressão de todas as alas políticas para evitar um desastre social e econômico, especialmente para a população mais vulnerável.
Dois programas federais que incluíam subsídios para os desempregados, aprovados em março como parte do plano inicial de ajuda ante a crise provocada pela pandemia do coronavírus, expiraram à meia-noite de sábado, deixando de fora 12 milhões de americanos, segundo a estimativa do centro de estudos progressista The Century Foundation.
O pacote de estímulo, aprovado pelo Congresso em 21 de dezembro, prorrogará as ajudas, assim como outras que deveriam expirar nos próximos dias. Durante dias, no entanto, Trump se recusou a assinar o pacote, que chamou de "vergonha", o que pegou republicanos e democratas de surpresa, após meses de complexas negociações.
"Eu aplaudo a decisão do presidente de fazer com que bilhões de dólares de alívio crucial para a covid-19 saiam pela porta e cheguem às mãos de famílias americanas", tuitou o líder republicano do Senado, Mitch McConnell.
A presidente democrata da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, chamou o projeto de "pagamento inicial do que é necessário para esmagar o vírus, colocar dinheiro nos bolsos dos americanos e honrar nossos heróis".