Um suspeito foi morto pela polícia nesta sexta-feira (26) durante um ataque em Glasgow, na Escócia, no qual seis pessoas ficaram feridas, incluindo um agente, anunciou a polícia escocesa no Twitter.
"O indivíduo contra o qual a polícia abriu fogo está morto. Seis outras pessoas estão no hospital, incluindo um policial, que está em estado crítico, mas estável", disse o chefe da polícia escocesa, Steve Johnson, no Twitter.
A polícia escocesa afirmou que não se trata de um ataque terrorista. "O ataque na rua West George de Glasgow não é considerado como um ato terrorista", afirmou a polícia no Twitter, enfatizando que "a investigação está em andamento".
O evento ocorreu em torno do hotel Park Inn, na Rua West George, centro da cidade. Várias ruas foram fechadas e a área circundante, isolada. A Positive Action in Housing, uma organização beneficente para pessoas sem teto e de direitos humanos, tuitou que o hotel estava acolhendo solicitantes de asilo durante a pandemia de coronavírus.
As autoridades políticas do país reagiram rapidamente expressando sua consternação. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou estar "profundamente entristecido" pelos "terríveis" acontecimentos em Glasgow e expressou seu pesar pelas vítimas e suas famílias.
A primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon chamou o ataque de "verdadeiramente terrível".
Uma testemunha, citada pela agência de notícias britânica PA, afirmou ter visto quatro pessoas serem evacuadas do local por uma ambulância. A testemunha, Craig Milroy, que disse trabalhar em um escritório próximo, explicou que viu um homem "de origem africana" no chão, sem sapatos, "com uma pessoa ao lado" que o segurava.
Outra pessoa que presenciou o ocorrido, identificada com o nome de Louisa, contou à Sky News que viu "pessoas com sangue no chão sendo atendidas".
Esse incidente ocorre apenas uma semana depois de três pessoas morrerem após serem apunhaladas em um parque na cidade de Reading, sudeste da Inglaterra.
Segundo a imprensa britânica, o autor do ataque, um refugiado líbio com problemas de saúde mental, esteve no radar dos serviços de inteligência britânicos sem que nenhum risco iminente fosse identificado.
Ele foi preso em outubro por crimes não relacionados ao terrorismo, incluindo um ataque racista contra uma policial em 2018. Foi libertado no início de junho, segundo a mesma fonte.
Em homenagem às vítimas na segunda-feira, a ministra do Interior, Priti Patel, afirmou que os serviços de segurança do país frustraram 25 ataques nos últimos três anos, oito dos quais foram promovidos pela extrema direita.
Sem mudanças, o nível da ameaça terrorista no Reino Unido é classificado como "significativo", o terceiro grau em uma escala de cinco.