Milhares de pessoas protestaram mais uma vez, no domingo (31), em várias cidades dos Estados Unidos contra o racismo e a violência policial. Esta foi a sexta noite de manifestações desencadeadas pela morte de George Floyd, homem negro cujo pescoço foi prensado no chão pelo joelho de um policial branco.
Os protestos já não se limitam a Minneapolis, onde o crime ocorreu, e espalham, ao mesmo tempo, uma escalada de distúrbios pelas ruas. Diante da Casa Branca, em Washington, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que desafiaram o toque de recolher imposto na capital.
Para evitar novos distúrbios, milhares de soldados da Guarda Nacional foram mobilizados em 15 Estados e em Washington. O toque de recolher foi decretado em outras cidades, incluindo Houston e Los Angeles.
Em Los Angeles, membros da Guarda Nacional começaram a patrulhar as ruas, mas isto não impediu saques em várias lojas de um shopping center de luxo em Santa Monica. Na Filadélfia, na costa leste, mais de 50 pessoas foram presas desde sábado (30), acusadas de saques.
Em Saint Paul, cidade próxima a Minneapolis, epicentro do movimento, milhares de pessoas exigiram que todos os policiais envolvidos na morte de Floyd sejam responsabilizados. No momento, apenas um deles, Derek Chauvin, foi preso e acusado de homicídio não intencional.
Chauvin é o agente que coloca o joelho no pescoço de Floyd por vários minutos, enquanto a vítima, imobilizada de cabeça para baixo, reclama de não conseguir respirar. Ele comparecerá nesta segunda-feira (1º), pela primeira vez, a um tribunal por este caso.