O governo chinês ordenou neste sábado (13) o confinamento imediato de 11 áreas residenciais de Pequim, onde foram detectados dezenas de casos de coronavírus. As autoridades chinesas relataram seis casos de infecção local, a maioria ligada ao mercado de carne de Xinfadi, localizado no distrito de Fengtai, ao sul de Pequim, e que foi fechado.
Testes de diagnóstico realizados em cerca de dois mil profissionais do mercado mostraram que havia pelo menos 45 outros casos de infectados assintomáticos, que estão sob vigilância médica. Centenas de policiais foram vistos por jornalistas da AFP perto do mercado em uma cena "semelhante a tempos de guerra".
Na sexta-feira (12), a China adiou o retorno das escolas primárias na capital e suspendeu todos os eventos esportivos devido ao aparecimento dos três primeiros casos, depois de dois meses sem nenhuma infecção por covid-19 identificada.
Esses contágios suscitam temores de uma segunda onda pandêmica no país, onde o vírus surgiu em dezembro, na cidade de Wuhan (centro). As autoridades conseguiram controlar a epidemia no país graças a um confinamento estrito - as medidas foram levantadas à medida que o número de infecções diminuía.
Também se teme uma segunda onda nos EUA, o país mais castigado pela covid-19, com mais de 114 mil mortes, onde vários estados que retomaram suas atividades em abril registram um número significativo de novos casos.