Apesar de nem a comunidade científica nem a Organização Mundial da Saúde (OMS) apoiarem, o presidente de Madagascar, Andry Rajoelina, voltou a defender nesta segunda-feira (11) uma poção como remédio contra o coronavírus e atacou aqueles que desacreditam a medicina tradicional africana.
— Se em vez de Madagascar tivesse sido um país europeu que descobriu este remédio, haveria tantas dúvidas? Acho que não — afirmou Rajoelina em entrevista aos veículos franceses France 24 e Radio France International (RFI).
Madagascar forneceu à população e a vários países africanos uma mistura à base de artemísia, uma planta com efeitos terapêuticos reconhecidos contra a malária, para prevenir e curar a covid-19.
Os eventuais benefícios desta infusão, chamada de Covid Organics, não foram endossados por nenhum estudo científico e a OMS alertou na quinta-feira (7) aos líderes africanos contra a tentação de promover e utilizar essa poção sem provas científicas.
Atualmente, a África, juntamente com a Oceania, é o continente menos afetado pela covid-19. Em Madagascar, 193 casos da doença foram confirmados, de acordo com dados oficiais.