O número de pessoas infectadas com coronavírus no Chile aumentou 45% neste fim de semana, chegando a 20 mil casos, dois meses após o início da epidemia que deixou 260 mortos no país.
Santiago, com sete milhões de habitantes, foi onde as principais fontes de contágio estavam localizadas no início de março, especialmente nos três bairros mais ricos da capital. Nas últimas duas semanas, no entanto, a epidemia começou a se espalhar em áreas mais populosas e superlotadas e agora oito em cada 10 infectados (81%) estão na região metropolitana.
O Ministério da Saúde confirmou neste domingo que nas últimas 24 horas havia 1.228 novas pessoas infectadas com coronavírus, elevando o número total para 19.663 pessoas desde o início da pandemia no Chile, em 3 de março. Treze novas mortes também foram relatadas, todas na região metropolitana.
Na última sexta-feria (1º), o país comemorou a chegada ao "platô" da doença quando havia previsão de pico. Após nove semanas de confinamento, o Chile preparava um plano de reabertura econômica.
No país, há um toque de recolher noturno, suspensão das aulas presenciais em todos os níveis e costumes sanitários que impedem o trânsito livre entre as províncias. Com alta testagem na população, o Chile está com uma das maiores taxas de detecção do coronavírus na América Latina.