O prefeito de Moscou anunciou nesta quarta-feira (27) o levantamento em 1 de junho de algumas restrições impostas devido à pandemia de COVID-19 desde o final de março e autorizará muitas empresas a reabrir, assim como "passeios" sob certas condições.
"Propomos abrir em 1 de junho não apenas as lojas de alimentos, mas também outros tipos de comércio", disse Serguei Sobianin ao presidente Vladimir Putin durante uma videoconferência.
Além disso, os "passeios" poderão ser retomados, mas de forma controlada para evitar que muitas pessoas estejam na rua ao mesmo tempo. Horários de saída serão agendados para cada edifício da capital.
Serviços que não requerem um contato humano prolongado, como lavanderias ou pequenas oficinas, muito numerosas em Moscou, também poderão retomar suas atividades.
Sobianin não especificou se os centros comerciais poderão reabrir ou se serão impostos limites no número de clientes por loja presentes ao mesmo tempo.
Um decreto detalhando essas medidas será publico dentro de 24 a 48 horas.
Para autorizar essa flexibilização das restrições em Moscou, principal foco de coronavírus no país com 171.443 casos registrados nesta quarta-feira, Sobianin destacou o sucesso, em sua opinião, das primeiras medidas de desconfinamento em vigor desde 12 de maio, autorizando a retomada do trabalho de algumas empresas e obras de construção.
"Desde 12 de maio, o número de internações caiu 40%", afirmou Sobianin, garantindo que quase metade dos leitos para pacientes de COVID-19 na capital estão agora desocupados.
"Conseguimos evitar um cenário difícil", disse. "Controlamos a situação e acredito que vai melhorar".
Na terça-feira, o Kremlin anunciou um grande desfile militar para comemorar a vitória soviética sobre a Alemanha nazista para o dia 24 de junho.
A celebração estava marcada, à princípio, para o dia 9 de maio, mas teve que ser cancelada por causa da pandemia.
A Rússia registrou oficialmente até esta quarta-feira 370.680 casos de infecção por coronavírus e 3.968 mortes.
* AFP