As autoridades turcas emitiram nesta terça-feira (18) ordens de prisão contra quase 700 pessoas suspeitas de vínculos com o movimento do pregador Fethullah Gulen, acusado pelo governo de ter orquestrado a tentativa frustrada de golpe de Estado de julho de 2016.
De acordo com a agência estatal Anadolu, os investigadores procuram 695 pessoas, incluindo militares, policiais e funcionários do ministério da Justiça. Ao menos 159 delas foram detidas na manhã desta terça-feira.
Em Ancara, um promotor solicitou a detenção de 467 pessoas suspeitas de fraude durante um concurso da polícia em 2009 para favorecer o acesso de simpatizantes de Gulen a cargos de responsabilidade, afirmou a Anadolu.
Gulen, que mora nos Estados Unidos há duas décadas, nega categoricamente qualquer vínculo com a tentativa de golpe.
Desde o golpe frustrado, as autoridades turcas perseguem os simpatizantes de Gulen como parte de uma série de expurgos sem precedentes na história moderna de Turquia.
Mais de 50.000 pessoas foram detidas e mais de 140.000 demitidas ou suspensas de seus empregos.
As ondas de detenções prosseguem a um ritmo frequente, mais de três anos depois do golpe frustrado.
* AFP