A Uber divulgou um relatório no qual aparecem 6 mil denúncias de agressões sexuais ocorridas nos Estados Unidos entre os anos de 2017 e 2018. O número inclui 450 estupros, enquanto o restante das agressões compreendem contato com partes íntimas ou tentativa de contato. O documento foi publicado pela empresa nesta quinta-feira (5).
É a primeira vez que a Uber publica um relatório dessa natureza. Nos Estados Unidos, a plataforma sofre uma crescente pressão das autoridades devido ao aumento das reclamações de usuários sobre agressões.
Segundo o relatório, que se refere apenas a dados dos Estados Unidos, 107 pessoas morreram em corridas usando o aplicativo e 19 em agressões físicas durante ou logo depois de uma corrida.
A empresa também afirma que foram 2,3 bilhões de corridas usando o aplicativo durante esses dois anos. Ou seja: 0,1% tiveram algum relato de agressão, sexual ou física, enquanto 99,9% terminaram sem incidentes.
— Na escala em que opera a Uber, vamos ver tudo o que acontece de bom ou de ruim na sociedade. São muitas corridas operadas todo dia. É triste, porém verdadeiro, que agressões sexuais e violência sexual são mais prevalentes na sociedade americana do que muitos reconhecem. Existe em empresas, em salas de aula, em campus universitários e em casas. A Uber não está imune a isso — disse Tony West, chefe do departamento jurídico da Uber, ao site da rádio pública norte-americana, NPR.