Os britânicos começaram a realizar nesta quinta-feira (12) a terceira eleição legislativa organizada pelo país em pouco mais de quatro anos.
O resultado das urnas definirá a abordagem à questão mais complexa apresentada aos britânicos em sua história recente: a saída da União Europeia, decidida por referendo em 2016, mas adiada três vezes pelo bloqueio político em um país profundamente polarizado.
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson, no poder desde julho, quando substituiu Theresa May como líder do Partido Conservador, busca uma maioria absoluta que permita concretizar o Brexit em 31 de janeiro, sem novos adiamentos.
Mas a oposição de centro-esquerda, liderada pelos trabalhistas de Jeremy Corbyn, quer convocar um segundo referendo que, dada a aparente mudança de parte da opinião pública, poderia simplesmente anular o Brexit.
As pesquisas apontavam uma vantagem cômoda para os conservadores, mas a sondagem mais recente, considerada mais confiável por sua ampla mostra e metodologia, reduziu na terça-feira à noite a liderança a respeito da oposição trabalhista de 68 a 28 deputados em uma Câmara de 650 cadeiras.
Embora isto represente 339 deputados para Johnson, o instituto YouGov advertiu que, levando em consideração a margem de erro, os conservadores podem não conquistar a maioria.