Em silêncio e vestidas de preto, mais de mil mulheres deram início nesta sexta-feira (1) a um novo dia de manifestações em Santiago, duas semanas depois do início da crise social que sacode o Chile.
"Justiça, verdade, não à impunidade", gritaram manifestantes em frente ao Palácio de La Moneda, a sede do governo, ao final do protesto, quebrando o silêncio feito por grande parte de sua passagem pela Alameda, a principal avenida da capital chilena.
Com vestidos pretos e lenços brancos, prestaram uma homenagem "aos caídos", em referência às cerca vinte pessoas que morreram durante os protestos.
Carregada de simbolismo, enquanto o país e grande parte da região comemoram o dia dos mortos, a marcha teve momentos de tensão quando as mulheres em silêncio e com seus punhos cerrados para o alto se colocaram à frente das fileiras de policiais que apenas observaram sem intervir.
Os protestos, que começaram há 15 dias contra um aumento das tarifas do metrô, derivaram em um intenso e amplo movimento contra o governo e as políticas implementadas no país.
As vinte mortes, confirmadas pelo governo, se somam 1.305 feridos, de acordo o relatório do Instituto Nacional de Direitos Humanos do Chile (INDH).
* AFP