Os eleitores da Guiné-Bissau votaram neste domingo no segundo turno das eleições presidenciais, na esperança de que o novo governo consiga responder às necessidades de uma das populações mais pobre do mundo.
Abertas desde 7h da manhã (GMT e locais), os pontos de voto tiveram um fluxo constante no início do dia e estavam desertos quando as urnas começaram a fechar, às 17h.
Em um escritório próximo à Presidência, a contagem de votos começou sob controle rigoroso, a apenas alguns passos de onde a cabine de votação foi instalada, observou um jornalista da AFP, embora os primeiros resultados oficiais estejam planejados para ser divulgados no início da semana.
Os quase 700.000 eleitores dessa ex-colônia portuguesa da África Ocidental vão escolher entre o líder do partido principal do país, Domingos Simões Pereira, e um dissidente dessa formação, Umaro Sissoco Embalo.
Ambos ocuparam o cargo de primeiro-ministro no passado.
"Espero que o resultado seja a expressão da vontade do povo guineense e que, a partir daí, possamos construir harmonia nacional para que nosso país possa decolar e crescer", disse Pereira depois de votar nos arredores de Bissau.
Mais cedo, Embalo havia dito que a ida às urnas era a "única forma de salvar Guiné Bissau de 46 anos de infortúnio desde a independência", declarou à AFP.
A porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Felisberta Vaz Moura, garantiu, após o fechamento dos colégios, que os resultados serão revelados em 1 de janeiro.
"A CNE aproveita esta ocasião para refutar as informações infundadas divulgadas nas redes sociais sobre uma tentativa de fraude eleitoral, acrescentou Vaz Moura, pedindo que, até quarta, "candidatos e organismos de comunicação oficiais se abstenham de publicar informações sobre os resultados".
A votação ocorreu normalmente e sem incidentes em todo o país, havia dito Vaz Moura à AFP mais cedo.
Mais de um terço da população do país vive com menos de um dólar por dia.
Desde sua independência em 1974, o país conheceu poucos momentos de estabilidade.
Quatro golpes, uma série de tentativas e várias quedas de governo abalaram sua história recente.
* AFP