O presidente americano, Donald Trump, exigiu neste domingo (2) que o regime sírio e a Rússia suspendam os bombardeios de Idlib, último reduto de extremistas islâmicos na Síria.
"Ouvimos que Rússia, Síria e, em menor medida, o Irã estão bombardeando intensamente a província síria de Idlib e matando indiscriminadamente muitos civis inocentes. O mundo está vendo essa carnificina", tuitou.
"Qual é o propósito? O que vão conseguir? Parem!", acrescentou, antes de partir para uma visita de Estado à Grã-Bretanha.
Seus comentários surgem depois que ONGs sírias denunciaram na sexta-feira a inação internacional diante da crescente violência na região noroeste do país.
Além de matar dezenas de civis, os recentes bombardeios das forças sírias e russas no noroeste da Síria empurraram 300.000 pessoas para a fronteira com a Turquia, informaram as ONGs em coletiva de imprensa em Istambul.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) assegurou na sexta-feira que quase 950 pessoas morreram nos últimos enfrentamentos em Idlib.
Supunha-se que um acordo em setembro evitaria uma ofensiva total do regime na província e nas áreas adjacentes em poder da Hayat Tahrir al-Sham, ex-filial da rede Al-Qaeda na Síria.
Mas os jihadistas se negaram a deixar a área e o acordo está prestes a colapsar desde que as forças russas se aliaram ao presidente da Síria, Bashar al Asad, para intensificar os ataques aéreos e o lançamento de foguetes.
Combatentes iranianos e forças paramilitares do Hezbollah também estão posicionados na Síria para apoiar o regime de Assad.
O crescente mal-estar em Idlib ocorre em meio ao aumento das tensões entre o Irã e os Estados Unidos. O enfrentamento entre os dois países se intensificou desde que Washington se retirou no ano passado do acordo nuclear de 2015 que o Irã alcançou com as principais potências mundiais.
* AFP