O presidente russo Vladimir Putin declarou nesta quinta-feira (20) que a comunidade internacional errou ao tentar exibir qualquer evidência de responsabilidade de Moscou na queda do avião da Malaysia Airlines, voo MH17, em 17 de julho de 2014, na qual morreram 298 pessoas.
— O que temos visto como evidência da culpa da Rússia não nos satisfaz. Pensamos que não há nenhuma prova ali — disse Putin à imprensa.
Na quarta-feira (19), uma equipe de investigadores internacionais acusou três russos e um ucraniano pela queda da aeronave, no leste da Ucrânia, abatido por um míssil russo.
Os investigadores não apontaram nenhum chefe militar russo ou alguém do Kremlin, mas apresentaram o que disseram ser uma conversa entre o assistente de Putin, Vladislav Surkov, e um líder separatista, Alexander Borodai, no dia 11 de julho de 2014. Nesse contato telefônico, Borodai solicitava ajuda militar à Rússia.
Mas tanto a Rússia como os separatistas ucranianos pró-russos rechaçam qualquer envolvimento.
— Quem autorizou o voo sobre uma área militar? Foi a Rússia? Não! — declarou o presidente.