O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (26) que retirará a assinatura de seu país do Tratado de Comércio de Armas (TCA), texto adotado em 2013 pela ONU que busca melhorar a regulamentação do comércio internacional de armamento.
— Os Estados Unidos rechaçam esse tratado — disse Trump durante um discurso a membros da National Rifle Association (NRA), poderoso lobby das armas de fogo.
— Hoje anuncio oficialmente que os Estados Unidos vão revogar os efeitos da assinatura desse tratado. Jamais deixaremos que burocratas estrangeiros pisoteiem as liberdades garantidas pela segunda emenda (da Constituição) — acrescentou.
O texto da ONU recebeu a assinatura de John Kerry, chefe da diplomacia americana durante a presidência do democrata Barack Obama, mas nunca foi ratificado pelo Congresso.
O tratado prevê que os países signatários avaliem antes de qualquer transação se as armas vendidas poderão ser usadas para romper um embargo internacional, violar direitos humanos ou acabar nas mãos de criminosos.
As armas afetadas pelo documento variam de pistolas a mísseis, aviões e navios de guerra. O tratado aplica-se a todos os tipos de intercâmbio internacional.
Outro lado
— (Esse tratado) é o único instrumento em escala mundial que busca melhorar a transparência e a responsabilidade no comércio internacional de armas — disse o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, após as declarações de Trump.
— Isso é especialmente importante agora, em um momento em que estamos testemunhando crescentes tensões internacionais e um interesse renovado na expansão e modernização dos arsenais — acrescentou.