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Corrupção

Odebrecht é proibida de participar de obras públicas no México por três anos

Diretor de estatal mexicana foi acusado de receber propina de US$ 10 milhões da construtora

AFP

Reprodução / Reprodução
Construtora brasileira está envolvida em escândalos em variados países latino-americanos

O governo do México determinou que a Odebrecht e uma subsidiária mexicana da construtora brasileira estão impedidas de participar de licitações para obras públicas no país, informou a Secretaria da Função Pública (SFP).

O impedimento estabelece que empreiteira não poderá negociar com instituições da administração pública mexicana, empresas do estado, governos estaduais e nem com a procuradoria geral, de acordo com o comunicado da SFP divulgado nesta sexta-feira.

A Odebrecht está no centro de um gigantesco escândalo de corrupção que atingiu vários níveis de poder e da política na América Latina e que levou para a prisão ex-presidentes e altos funcionários da administração pública em países como Peru, Colômbia e Brasil.

No México, apenas o ex-diretor da companhia estatal Petróleos Mexicanos Emilio Lozoya foi interrogado pela Justiça após ser acusado de receber mais de US$ 10 milhões  da construtora, quando trabalhava como um dos chefes da campanha do ex-presidente Enrique Peña Nieto (2012-2018).

Em fevereiro, o procurador Alejandro Gertz afirmou que vai reiniciar a investigação sobre a Odebrecht, após mais de um ano de interrupção. A SFP destacou que a decisão sobre a subsidiária mexicana Odebrecht Ingeniería y Construcción Internacional se deu porque a empresa apresentou informação falsa na alteração de um contrato.

Já a Construtora Norberto Odebrecht foi multada por superfaturamento em obras para a Pemex Refinaria, uma das unidades de negócios de Pemex. O governo mexicano já havia proibido no ano passado que entidades governamentais fizessem negócios com a empresa brasileira por um período de dois anos e meio, após aplicar multas de mais de 50 milhões de dólares por supostos atos de corrupção.

Em outubro, a Odebrecht se ofereceu para pagar US$ 18 milhões para voltar a fazer contratos com o governo mexicano e seus organismos, mas a proposta foi recusada.


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