O presidente de Moçambique Filipe Nyusi afirmou, na tarde desta segunda-feira (18), que os danos causados pelo ciclone Idai podem ter matado mais de mil pessoas.
— São 100 mil pessoas em risco de vida. Tudo indica que poderemos registrar mais de mil óbitos — afirmou Nyusi.
Ao todo, 84 pessoas morreram no país. Em Zimbábue, nação que também foi atingida pelos danos da tempestade, 98 pessoas perderam a vida e 217 estão desaparecidas. Ao todo, no sudeste africano, estão confirmados 182 óbitos até agora, mas os números podem aumentar a qualquer momento.
— As águas do rio Pungué e Buzi transbordaram, fazendo desaparecer aldeias inteiras e isolando comunidades. Podemos ver corpos a flutuar. Um verdadeiro desastre de grandes proporções — afirmou Nyusi em pronunciamento oficial, de acordo com o jornal O País.
A cidade de Beira é uma das mais atingidas pelo ciclone. A estrada nacional número 6, que liga o interior do país à cidade, está totalmente bloqueada em quatro pontos, isolando por terra o município de 533,8 mil habitantes.
Uma ponte sobre o rio Buzi, um dos mais importantes do país, também ficou destruída, isolando outras quatro cidades: Búzi, Chibabava e Muanza, que pertencem ao município de Sofala, e o distrito de Mossurize, em Manica.
Nyusi disse que a preocupação do governo de Moçambique é de salvar vidas. As Forças de Defesa e Segurança estão mobilizadas com equipamento marítimo e aéreo, de acordo com o jornal O País.
— Foi igualmente mobilizado um navio cargueiro para seguir ao porto da Beira e contamos ainda com outros apoios que estão a ser mobilizados interna e externamente — afirmou.
O ciclone Idai chegou ao sudoeste africano na quinta-feira (15) com ventos de 166 km/h. A tempestade só perdeu força no sábado (17), quando se dissipou para o interior do Zimbábue.