O índice de pobreza na Argentina se elevou a 32% no segundo semestre de 2018, com 6,7% da população em estado de indigência, informou nesta quinta-feira o estatal Instituto de Estatísticas.
Ao todo, 8,9 milhões de pessoas nos 31 maiores centros urbanos se encontram abaixo da linha de pobreza, informou o estudo da entidade.
Trata-se da cifra mais alta desde a crise econômica de 2001. No segundo semestre de 2017, a pobreza atingia 25,7% da população, e no primeiro semestre de 2018, 27,3%.
A medição não inclui a pobreza em zonas rurais.
A Argentina está em recessão, após entrar em crise econômica em 2018, ano em que o Produto Interno Bruto (PIB) retraiu 2,5%, a inflação atingiu 47,6% e o desemprego fechou em 9,1%.
Para enfrentar a crise, o governo do presidente Mauricio Macri fez um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) por 57 bilhões de dólares e prometeu fazer um ajuste para alcançar o equilíbrio fiscal neste ano.
De acordo com um estudo da Universidade Católica publicado nesta semana, em 2018 "os mais empobrecidos foram os trabalhadores e as classes médias baixas".
"Talvez muitas pessoas tivessem problemas de carências multidimensionais estruturais, mas agora se somou a incapacidade monetária em setores de consumo para cobrir a cesta básica total", informou a universidade.
* AFP