Os estonianos votaram neste domingo (3) em eleições legislativas nas quais a extrema direita eurocética duplicaria o seu fluxo de votos aproveitando o descontentamento nas zonas rurais, após uma campanha na qual também debateram sobre os impostos e o ensino de russo para a minoria que usa este idioma.
Depois do fechamento dos centros de votação, às 15h00 (de Brasília), a polícia havia reportado apenas alguns incidentes menores, relativos, sobretudo, a ações de proselitismo eleitoral, que estão proibidas no dia da eleição.
Na ausência de pesquisas de boca de urna, as primeiras tendências serão conhecidas a partir de resultados parciais no final da noite.
O Partido do Centro, do primeiro-ministro Juri Ratas, contava nas últimas pesquisas com 24,7% das intenções de voto, logo atrás dos liberais do Partido da Reforma, liderados pelo ex-deputado europeu Kaja Kallas, que obteria 25,7%.
As duas formações podem se aliar com os social-democratas, que apareciam com 10,1%, e com os conservadores do ProPatria, com 9,2%.
Os dois últimos fazem parte do governo de Ratas, para o qual falta um deputado para ter a maioria no Parlamento de 101 cadeiras.
Na extrema direita, o partido EKRE promete generosos gastos sociais e desenvolve uma retórica anti-imigração que poderia permitir dobrar seu resultado, chegando a 21,3%, embora não seja fácil encontrar parceiros para uma coalizão.
No total, 1.099 candidatos de 10 partidos aspiram aos 101 assentos no Parlamento de Tallinn, mas somente os partidos que obtiverem mais de 5% dos votos poderão entrar neste.
* AFP