Pelo menos 49 pessoas morreram e outras 48 ficaram feridas nesta sexta-feira (15) em ataques contra duas mesquitas na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia. O número exato de criminosos não foi revelado, mas, segundo a primeira-ministra Jacinda Ardern, três homens estavam detidos. A polícia afirmou que um homem com pouco menos de 30 anos foi acusado de assassinato.
— As vítimas fatais ocorreram em dois locais diferentes, uma mesquita na avenida Deans e outra na avenida Linwood, ambas na cidade de Christchurch — informou o comissário Mike Bush. — Quatro pessoas estão sob custódia, três homens e uma mulher — acrescentou Bush. Explosivos foram encontrados nos veículos utilizados pelos suspeitos. De acordo com o comissário, o Exército conseguiu desarmar as bombas.
No momento do tiroteio, a mesquita de Linwood tinha mais de 300 pessoas. A mesquita Masjid al Noor também estava repleta de fiéis, incluindo a equipe de cricket de Bangladesh. Segundo testemunhas, os jogadores conseguiram fugir para um parque ao lado do prédio, no centro da cidade.
Um porta-voz da equipe de cricket confirmou que todos os jogadores, que estão no país para uma partida, conseguiram escapar ilesos do ataque.
A primeira-ministra, Jacinda Ardern, lamentou que seu país vive um dos "dias mais obscuros" de sua história diante das múltiplas vítimas:
— Claramente, o que ocorreu aqui foi um ato de violência extraordinário e sem precedentes. Muitas pessoas afetadas diretamente pelo tiroteio devem ser imigrantes, talvez refugiados, que escolheram a Nova Zelândia para seu lar.
O líder da oposição, Simon Bridges, manifestou publicamente seu apoio à comunidade islâmica da Nova Zelândia.
— Ninguém neste país deveria viver com medo, não importa sua raça ou religião — disse Bridges.
A polícia advertiu a população a evitar as mesquitas em todo o país. Um enorme cordão policial isolava boa parte de Christchurch, cidade da Ilha do Sul da Nova Zelândia.