O opositor Juan Guaidó pediu ao vice-primeiro-ministro italiano e ministro do Interior, Matteo Salvini, para receber uma delegação da oposição venezuelana na Itália, um país que rejeitou a declaração comum da União Europeia (UE) sobre a Venezuela.
"Levando em conta os laços indissolúveis que unem a Venezuela e a República Italiana, acho importante e útil enviar uma delegação oficial à Itália (...) para explicar nosso plano de transição para recuperar a democracia na Venezuela", escreveu Guaidó em uma carta divulgada pelo Ministério do Interior italiano.
Na carta, assinada por Guaidó como presidente da Assembléia Nacional e presidente interino da República Bolivariana da Venezuela, o líder da oposição aponta como seus representantes o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Assembleia Nacional, Francisco Sucre, e o representante europeu para a ajuda humanitária, Rodrigo Diamanti.
Os dois terão "o propósito de explicar nosso plano de transição para recuperar a democracia na Venezuela através da realização de eleições livres e transparentes, e resolver a atual crise humanitária que afeta todos os venezuelanos, e mais de 100 mil italianos que vivem na Venezuela", enfatiza a carta.
Uma carta com o mesmo pedido foi enviada ao outro vice-primeiro-ministro e ministro do Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Luigi Di Maio, da formação antissistema Movimento 5 Estrelas (M5E), que se opôs à assinatura da declaração comum da UE reconhecendo Guaidó como presidente interino da Venezuela.
Desde que Guaidó se autoproclamou "presidente encarregado" da Venezuela, em 23 de janeiro, a Itália tem relutado em que a UE siga os passos dos Estados Unidos e reconheça suas novas funções.