O presidente do Peru, Martín Vizcarra, rejeitou nesta terça-feira qualquer vínculo de sua empresa com o grupo Odebrecht, acusada de sobornar políticos e empresários para conseguir obras públicas em vários países da América Latina.
"Nunca prestei serviços à Odebrecht", disse o presidente, que pediu que o investiguem, após participar da campanha 'Praias Saudáveis' em Lima.
O presidente explicou que a empresa CyM Vizcarra, da qual faz parte, prestou serviços a algumas companhias que construíram a estrada Interoceânica Sul. "Isto jamais neguei, o que nego é ter prestado serviços à Odebrecht".
O programa de TV "Panorama", do Canal 5, assinalou no domingo que Vizcarra não foi preciso sobre se sua empresa prestou serviços à Odebrecht.
Parlamentares dos partidos opositores Força Popular e Apra informaram que analisam se criarão uma CPI para investigar o caso.
"Que algum político questione nosso modo de agir não nos incomoda absolutamente porque temos a solidez de um trabalho correto e honesto que sempre fizemos e o povo sabe disto", declarou Vizcarra.
"Não prestei qualquer serviço à Odebrecht. Se duvidam disto, que investiguem, não temos nada a temer. A intenção é confundir, porque se investigarem não encontrarão nada de irregular".
Uma equipe especial de procuradores já investiga no Peru os laços da Odebrecht com os ex-presidentes Alejandro Toledo (2001-2006), foragido nos Estados Unidos; Ollanta Humala (2011-2016), que esteve preso durante nove meses com sua esposa, Nadine; Alan García (1985-1990, 2006-2011) e Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), que renunciou em meio a denúncias de corrupção.
* AFP