Os líderes africanos seguem reunidos nesta segunda-feira em Nouakchott na cúpula da União Africana (UA), assombrada por uma série de ataques terroristas em países da região do Sahel.
Esta 31ª cúpula da UA termina esta noite, enquanto houve vários ataques mortais no Mali e no Níger desde sexta-feira.
Dez soldados do Níger foram mortos e dois estão desaparecidos após um ataque do grupo Boko Haram (muito ativo na região) contra uma posição militar no sudeste do país, informou no domingo à noite o ministério da Defesa deste país.
Poucas horas antes deste ataque, no vizinho Mali, soldados franceses da operação 'Barkhane' foram alvos de uma operação "terrorista" em Gao (norte), que resultou em quatro mortos e vinte civis feridos. Outro atentado foi perpetrado na sexta no Mali contra o quartel-general da força conjunta do G5 Sahel, criada em 2017, resultando em três mortes.
Em Nouakchott, os líderes dos países do G5 Sahel vão se reunir nesta segunda-feira com o presidente francês Emmanuel Macron, à margem da cúpula da UA.
O G5 Sahel é composto pela Mauritânia, Níger, Burkina Faso, Chade e Mali.
Até agora, a implementação dessa força multinacional foi marcada por problemas de financiamento e acusações de violações de direitos humanos por parte de suas tropas.
Paralelamente às questões de segurança ligadas às crises no continente, principalmente na República Democrática do Congo (RDC), no Sahara Ocidental e a guerra civil Sudão do Sul, os líderes discutem a criação da zona de livre comércio continental (ZLEC).
* AFP