Cabo Verde abriu uma investigação sobre a travessia do Oceano Atlântico feita por 25 migrantes africanos deste arquipélago até o Brasil, e que foram resgatados no sábado por pescadores, informaram as autoridades.
"Não havia nenhum cabo-verdiano a bordo, mas como o barco começou sua travessia em Cabo Verde, vamos investigar para que não ocorram outros casos", declarou na quarta-feira à noite o ministro das Relações Exteriores, Luis Filipe Tavares, na televisão.
A embarcação, um catamarã com bandeira do Haiti, levava a bordo 25 migrantes e dois brasileiros, segundo um comunicado da Marinha do Brasil.
Os passageiros, todos homens, eram originários de Guiné, Senegal e Nigéria, indicou o Departamento de Direitos Humanos do Maranhão.
Segundo os veículos O Imparcial e G1, de acordo com os quais os dois brasileiros eram traficantes de pessoas, a viagem durou 35 dias. Não se sabe, contudo, os detalhes do itinerário.
No sábado, um grupo de pessoas localizou o barco à deriva em frente à cidade de São José de Ribamar, segundo a Marinha brasileira.
Depois que as autoridades tentaram, em vão, localizar a embarcação do ar, os pescadores a rebocaram.
Quando chegou ao porto, "não havia mais água nem comida para dar a eles porque tínhamos poucas provisões", explicou o capitão do barco, citado pela Marinha.
Já em terra, os migrantes "receberam atendimento médico e comida", antes de irem à Polícia Federal abrir uma investigação, de acordo com o Departamento de Direitos Humanos do Maranhão.
O grupo foi instalado em alojamentos temporários. "A polícia investigará as possíveis infrações cometidas por esses estrangeiros com relação a sua chegada ao Brasil e avaliará sua situação legal" no país, acrescentou a mesma fonte.
* AFP