A condenação a nove anos de prisão para cinco homens por "abuso sexual" de uma jovem, ocorrido em 2016, durantes as festas de São Firmino, em Pamplona, na Espanha, motivou protestos em cidades do país europeu.
Valendo-se de expressões como "Não é abuso, é violação", "Eu, sim, acredito em ti", "Não é não" e "Justiça patriarcal", os manifestantes criticam a sentença judicial por considerá-la branda demais. Demandam que a condenação seja por "violação", que no Código Penal espanhol se diferencia de "abuso" pela presença de violência e intimidação. A pena exigida pelo Ministério Público era de 22 anos.
Autodenominado La Manada, o grupo de cinco homens de Sevilha na faixa dos 30 anos também deverá indenizar a vítima em 50 mil euros, além de manter distância de pelo menos 500 metros dela durante os próximos 15 anos. Tanto a vítima quanto os réus podem recorrer.
O episódio ocorreu na madrugada do dia 7 de julho de 2016, quando a vítima, de Madri, tinha 18 anos. Os agressores gravaram vídeos do estupro para se vangloriar. Ao final, a jovem ainda teve seu celular roubado por um deles. Desde então, o grupo é mantido sob custódia.
Desde a polêmica sentença, milhares foram às ruas em Madri e em outras cidades. Os protestos chegaram ao seu terceiro dia neste sábado (28). A indignação também está nas redes sociais, com o uso de hashtags em espanhol como #NoesNo, #YoSiTeCreo, #JusticiaPatriarcal, #NoEsAbusoEsViolacion e #LaManadaSomosNosotras.