O chefe da diplomacia americana, Rex Tillerson, chegou nesta quarta-feira (7) à Jamaica para discutir as consequências no Caribe de possíveis sanções petrolíferas contra a0 Venezuela, depois de uma semana de viagem preparando seus aliados latino-americanos para uma medida como essa.
Após visitar México, Argentina, Peru e Colombia e encontrar coincidências com seus governos sobre a situação na Venezuela, Tillerson se reunirá com altos funcionários jamaicanos, incluindo o primeiro-ministro Andre Holness. O encontro é visto como uma oportunidade para ouvir a posição dos países que seriam afetados por um bloqueio petrolífero a Caracas.
"Temos uma última parada, Kingston, e a razão pela qual vamos para lá é porque isso teria um efeito nos países caribenhos, que dependem da Venezuela. Assim, quero escutar eles também", disse o secretário de Estado no avião rumo à capital jamaicana.
Muitas das ilhas da região dependem de uma maneira ou de outra de importações de petróleo venezuelano em condições preferenciais, fato que Caracas aproveitou como peça diplomática.
Tillerson disse que havia chegado a um acordo com seus pares de México e Canadá para criar um "grupo de trabalho muito pequeno e muito focalizado", que terá como uma de suas missões analisar como mitigar o impacto de eventuais sanções nesses países.
"Depois o presidente pode decidir o que quer fazer", acrescentou.
Sanções petrolíferas - a proibição de exportar petróleo para os Estados Unidos ou que os Estados Unidos deixe de vender petróleo ou produtos refinados à Venezuela - poderia ser um golpe devastador que sacuda o governo do presidente Nicolás Maduro, mas também afetaria empresas de hidrocarbonetos americanas que operam refinarias no Golfo do México.
* AFP