Mais responsáveis da Casa Branca defenderam neste domingo (11) a gestão oficial do escândalo de violência doméstica, pelo qual foram demitidos recentemente dois colaboradores do presidente Donald Trump, após a declaração do presidente assegurando que as denúncias falsas podem "destruir" vida.
"Acho que o presidente, como nós, está perturbado com essas denúncias", declarou à ABC Kellyanne Conway, conselheira de Trump, ao ser questionada sobre Rob Porter, que se viu obrigado a renunciar na quarta-feira a seu cargo de secretário de equipe da Casa Branca.
Duas ex-mulheres de Porter o acusam de agressões físicas e de maltrato psicológico, feitos que ele nega.
Conway disse que o presidente pressionou o funcionário no momento em que teve evidências críveis contra ele, uma atitude apoiada por outros assessores de alto escalão da Casa Branca.
Perguntada pelo jornalista da CNN Jake Tapper sobre o tuíte de Trump de sábado, no qual dizia que muitas vidas podem ser destruídas por denúncias que às vezes são falsas, Conway assegurou que "não havia motivo para não acreditar nas mulheres", especialmente porque havia dado provas ao FBI sob ameaça de sanção.
A conselheira também disse que o presidente é "um homem que mostra grande compaixão e compreensão com as mulheres".
Conway assegurou que o chefe dos funcionários da Casa Branca, John Kelly, não está em risco pelo manejo desta situação, depois que vários meios de comunicação informaram que sabia os detalhes sobre Porter desde novembro.
A conselheira do presidente acrescentou que ele mantém sua fé em Kelly, apesar das informações de que havia apresentado sua renúncia, e negou os boatos que a colocam como sua substituta.
Outro colaborador do presidente, seu diretor jurídico Marc Short, defendeu Kelly neste domingo em um programa da NBC.
"Kelly soube da magnitude da acusação na terça-feira à noite e Porter apresentou sua demissão na quarta-feira de manhã (...) fez um bom trabalho (...), mas não pode haver tolerância com a violência doméstica nem com a violência contra as mulheres", disse Short.
* AFP