O ministro espanhol da Justiça, Rafael Catalá, afirmou nesta segunda-feira (2) que o governo fará "tudo o que a lei permite para impedir" uma declaração unilateral de independência na Catalunha.
O Executivo regional catalão anunciou a possibilidade no domingo (1º) à noite, após a conclusão do referendo de autodeterminação, que havia sido proibido pela Justiça.
— Se alguém pretende declarar a independência de uma parte do território em relação à Espanha, como não pode, como não está dentro de suas competências, será necessário fazer tudo o que a lei permite para impedir que isto aconteça — afirmou o ministro.
O ministro considerou que é "evidente" a necessidade de "recuperar o diálogo entre todas as forças políticas", depois de um dia em que a polícia reprimiu os manifestantes que queriam votar na consulta proibida.
No entanto, ele fez uma advertência para uma futura negociação política:
— Que ninguém imagine que, como consequência do conflito que foi gerado nos últimos tempos alguém vai obter vantagens, isto seria pagar um preço por uma chantagem.
O presidente do Executivo espanhol, Mariano Rajoy, se reunirá nesta segunda-feira à tarde com o líder da oposição socialista, Pedro Sánchez, e com o do partido centrista "Ciudadanos", Albert Rivera, que apoia o governante Partido Popular no Parlamento, onde é minoritário.
Eles devem abordar o futuro político imediato, mas um diálogo do primeiro-ministro conservador com Barcelona é considerado muito difícil, após as críticas que recebeu pelas imagens da polícia agredindo as pessoas que desejavam votar na consulta.