O Irma, que até agora confirma prognósticos e se apresenta como um dos furacões mais fortes dos últimos anos, já deixou pelo menos 25 mortos e causou destruição em ilhas do Caribe. Há territórios quase totalmente devastados. Em outros, há falta de luz, água potável, telefone, internet e estradas bloqueadas.
É o caso de Saint-Martin, que ficou 95% destruída em seu território francês (a outra parte é holandesa), segundo as autoridades locais. Vivem, na região, 70 mil pessoas. Testemunhas descreveram a paisagem como "apocalíptica".
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Na ilha de Barbuda, 90% das casas foram destruídas e 50% da população está sem teto, afirmou o primeiro-ministro Gaston Browne. Na região, vivem 1,7 mil pessoas. Ele culpou autoridades que negam o aquecimento global.
Nas Ilhas Virgens britânicas, o governador Gus Jaspert decretou estado de emergência.
Em Porto Rico, mais da metade dos 3 milhões de habitantes estavam sem eletricidade e abrigos foram abertos para receber até 62 mil pessoas. Nas ilhas atingidas, as fortes rajadas arrancaram tetos, esmagaram contêineres de embarcações e deixaram escombros por todo lado. Aeroportos, portos, eletricidade e linhas telefônicas pararam de funcionar.
O arquipélago britânico Turcas e Caicos também está na rota de Irma, o que obrigou a evacuação de algumas de suas ilhas.
– Um número importante de pessoas que vive em áreas muito baixas fica muito vulnerável – explicou à BBC o governador do arquipélago, John Freeman, confirmando o desalojamento de turistas estrangeiros.
Na iminência da chegada do furacão ao litoral de Flórida e Geórgia nas próximas horas, o presidente americano, Donald Trump, expressou sua "grande preocupação".
Miami ficou mergulhada no caos devido às filas intermináveis em postos de gasolina e aos engarrafamentos nas principais estradas. Os moradores também acabaram com tudo o que havia em supermercados para se abastecer de provisões e água.
As autoridades determinaram a evacuação das "keys" da Flórida, um arquipélago situado no extremo sul do Estado e onde turistas faziam malas para partir.
Depois do Irma, o Caribe enfrentará a fúria de outros dois furacões: José e Katia.
José, que segue a trajetória de Irma, ganhou força na quinta-feira e subiu para categoria 3, com ventos de até 195 km/h, segundo o NHC.
Katia, que se elevou para a categoria 2, deve chegar à costa do estado mexicano de Veracruz também na sexta-feira.