O México está "profundamente orgulhoso" de todos os seus emigrantes nos Estados Unidos e pede à ONU que os proteja das violações de seus direitos humanos, declarou nesta quinta-feira o chanceler mexicano, Luis Videgaray.
"Temos grande preocupação com possíveis violações dos direitos humanos" contra os emigrantes mexicanos nos Estados Unidos, disse Videgaray à imprensa após discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas.
"Vemos casos de discriminação e onde são tratados de maneira inaceitável. As Nações Unidas devem estar atentas (...) às violações que podem ocorrer a este respeito".
Em seu discurso, Videgaray disse que o México defenderá seus compatriotas "sem importar sua condição migratória".
O chanceler também se comprometeu com os esforços para defender "uma solução permanente" para os chamados 'Dreamers', jovens que entraram ilegalmente no país quando eram crianças.
Videgaray avaliou que a expulsão destes jovens "talentosos" e "criativos" seria uma "enorme perda" para os Estados Unidos e um "ganho" para o México, mas eles querem permanecer no país onde cresceram.
No momento, mais de 650 mil jovens se beneficiam do programa, adotado em 2012 pelo então presidente Barack Obama sob a denominação de Daca.
Mas Donald Trump, sucessor de Obama, já revelou que não renovará o programa, o que deixará os jovens em um verdadeiro limbo legal.
Trump também promete deportar milhões de imigrantes ilegais e construir um muro na fronteira com o México.
O muro "é um tema que jamais esteve na relação bilateral", disse o chanceler ao ser consultado sobre o assunto. "México não discute isto nunca, em nenhum momento".
Há cerca de 35 milhões de mexicanos e americanos de origem mexicana nos Estados Unidos.
* AFP