O furacão Irma, de magnitude inédita, avança nesta quinta-feira (7) em direção a República Dominicana, Haiti, Cuba e Flórida (EUA), após deixar pelo menos seis mortos e um rastro de destruição em sua passagem pelo Caribe. As rajadas de vento já ultrapassaram os 300 km/h.
As informações sobre o número de mortes ainda são desencontradas. Na ilha de Saint-Martin, morreram pelo menos quatro pessoas na parte francesa e uma na parte holandesa – cinco em todo o território. As informações preliminares, do ministro do Interior da França, Gérard Collomb, davam conta de oito vítimas, mas o primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, baixou o número para quatro. Na região, moram 70 mil pessoas.
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Segundo o presidente do conselho territorial da parte francesa, Daniel Gibbs, "95% do lado francês ficou destruído".
Uma sexta vítima foi registrada em Barbuda, uma ilha próxima com 1,6 mil habitantes. Segundo o primeiro-ministro, Gaston Browne, a região está 90% destruída.
– Para os que não acreditam nas alterações climáticas, esperamos que mudem de opinião quando virem esses desastres naturais – acrescentou.
Tudo "foi destruído" como se fosse "uma bomba atômica", contou à emissora France Info Dany Magen-Verge, moradora de Saint-Martin, onde 60% das casas ficaram destruídas. As imagens do canal mostram ruas com árvores caídas.
Na vizinha Saint-Barts, onde há 10 mil moradores, os danos foram consideráveis, mas, até agora, ninguém morreu, indicou o primeiro-ministro francês, em um balanço que dá conta de 50 feridos no local.
Tanto em Saint-Martin quanto em Saint-Barts, não há luz, nem água potável, não se pode entrar nos prédios públicos, as casas estão destruídas, as árvores, caídas e até os serviços de socorro sofreram danos. O furacão já afetou cerca de 1,2 milhão de pessoas, mas o número pode chegar a 26 milhões, segundo a Cruz Vermelha.
O presidente Donald Trump expressou sua "grande preocupação" com a chegada do furacão, que pode tocar terra na Flórida neste fim de semana.
– Estamos muito preocupados, trabalhamos duro – disse, na Casa Branca.
Após o Irma, o Caribe vai enfrentar mais dois furacões: José e Katia. O primeiro é muito menos forte do que o Irma, e o segundo se dirige para o México.