As cenas do último fim de semana, com homens e mulheres cantando e gritando palavras de ódio racial, chocaram o mundo, em especial por terem ocorrido naquela que se consagrou como a terra da liberdade. Veio à tona, nas ruas de Charlottesville, cidade universitária de 50 mil habitantes no Estado sulista da Virgínia, nos Estados Unidos, a proeminência de movimentos da extrema-direita americana. O grupo de direitos humanos Southern Poverty Law Center (SPLC), responsável pelo rastreamento de neonazistas e racistas em geral desde os anos 1960, conta que monitora mais de 1,6 mil organizações de ideologia extremista no país. São pelo menos 99 grupos e grupelhos neonazistas, cem nacionalistas brancos, 93 neoconfederados. Há quem diga que a eleição do presidente republicano Donald Trump, no final do ano passado, deu sinal verde a agremiações de extrema-direita.
A serpente sai do ovo
Atos em Charlottesville mostram a cara do ódio racial americano
Crescimento de grupos racistas nos EUA, aquele que é considerado o país das liberdades, choca o mundo e provoca grande preocupação
Léo Gerchmann
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