O presidente americano Donald Trump defendeu, nesta quarta-feira (12), o filho mais velho, afirmando que Donald Trump Jr. é "inocente". Na terça-feira (11), o herdeiro do magnata republicano divulgou uma troca de e-mails que mostram que ele estava ciente dos esforços da Rússia para ajudar na campanha do pai, admitindo, em uma das correspondências, que "adoraria" obter informações prejudiciais de Moscou sobre a rival democrata, Hillary Clinton.
"Meu filho Donald fez um bom trabalho na noite passada", tuitou esta manhã o presidente, referindo-se à entrevista de seu filho concedida à Fox News. "Ele foi aberto, transparente e inocente", considerou. "Esta é a maior caça às bruxas da história política. Triste!", afirmou o presidente, repetindo uma acusação feita diversas vezes sobre o caso russo.
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De acordo com os e-mails, Donald Jr. foi informado por um intermediário britânico que ele poderia obter "informações de muito alto nível e sensíveis" como parte do "apoio da Rússia e seu governo à campanha de Trump".
Na Fox, ele explicou que o encontro com uma mulher identificada nos e-mails como uma "advogada do governo russo" não levou a qualquer lugar, assegurando que não falou sobre o encontro com o pai porque ela não havia fornecido informações sobre Hillary.
Trump Jr. foi ao encontro, em junho de 2016, com Paul Manafort, diretor da campanha de Trump, e Jared Kushner, genro do presidente e um de seus principais conselheiros na Casa Branca.
Além disso, o presidente voltou a atacar a imprensa.
"Lembrem-se, quando vocês escutam 'indicaram fontes' da Fake Mídia, muitas vezes essas fontes são inventadas e não existem", tuitou, sem deixar claro se fazia referência a uma reportagem em particular, uma vez que as informações da imprensa sobre o encontro do filho com a advogada russa foram confirmadas pelas partes interessadas.
Várias investigações estão em andamento nos Estados Unidos, conduzidas pela Polícia Federal (FBI) e por comissões do Congresso, sobre a interferência da Rússia no processo eleitoral do ano passado, incluindo sobre a possível conluio entre pessoas próximas ao presidente dos Estados Unidos e o poder russo.