O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, criticou a "hipocrisia" de "membros do G20" no combate ao tráfico ilegal de imigrantes. Sem citar os países alvos da crítica, Tusk reiterou que é preciso definir "sanções específicas na ONU contra os traficantes".
– Proponho a todos os líderes do G20 para trabalhar sobre sanções específicas na ONU contra os traficantes – disse Tusk em uma coletiva de imprensa durante a cúpula do G20 em Hamburgo, nesta sexta-feira (7). – Se falharmos, será a triste prova da hipocrisia de alguns membros do G20.
Citando a rota migratória que passa pela Líbia e que mantém sob pressão a Itália e toda a Europa, Tusk afirmou que o esforço para conter a tráfico ilegal de imigrantes é "o mínimo" a ser feito "a nível mundial".
– Precisamos de mais esforços internacionais para quebrar o modelo econômico de tráfico de migrantes – declarou Tusk, que coordena os trabalhos do bloco de 28 membros da União Europeia. – Devemos tentar convencer os nossos parceiros para que sejam mais ativos, mais positivos, menos cínicos e mais determinados no combate comum contra os traficantes e todo o tráfico na Líbia – declarou.
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Os parceiros da Itália na UE reconheceram a situação de emergência no país, oprimido pela chegada de milhares de migrantes.
Cerca de 100 mil imigrantes chegaram à Europa por mar desde janeiro, dos quais 85 mil desembarcaram na Itália, de acordo com os últimos dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Na semana passada, a Itália ameaçou vetar a entrada de navios estrangeiros transportando migrantes resgatados no Mediterrâneo e pediu aos parceiros da UE uma "contribuição concreta".
A maioria dos migrantes que chegam à Itália não são requerentes de asilo, mas migrantes econômicos vindos principalmente da Nigéria, Bangladesh, Guiné, Costa do Marfim e Gâmbia. Quase todos tentam atravessar o Mediterrâneo a partir da costa da Líbia.