O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou por unanimidade, nesta segunda-feira (10), uma nova missão na Colômbia para ajudar os ex-rebeldes das Farc a se reintegrarem à vida civil, após mais de meio século de conflito armado.
A resolução apresentada pelo Reino Unido define o início da missão política para 26 de setembro, quando termina a primeira missão da ONU encarregada de verificar o abandono das armas por parte dos ex-guerrilheiros na Colômbia.
– A fase mais difícil está à frente. Uma paz duradoura e sustentável depende da reintegração bem-sucedida das Farc à vida civil – declarou o embaixador britânico da ONU, Matthew Rycroft, diante da ministra colombiana das Relações Exteriores, María Angela Holguín, presente na sessão, e dos demais membros do Conselho.
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– A Colômbia ofereceu um farol de esperança para o mundo. Em muitos lugares, a guerra é a norma – afirmou ele, celebrando que, "em parte graças aos nossos esforços, (...) a Colômbia mostrou que a paz é possível". – Temos toda a fé no compromisso assumido pelo presidente (Juan Manuel) Santos de que o acordo de paz será implementado até a última vírgula – completou.
Depois de um histórico acordo de paz alcançado após quatro anos de negociações em Cuba, cerca de 10 mil rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) completaram a entrega das armas em 27 de junho passado.
Uma primeira missão da ONU verificou o processo, que envolveu a entrega de cerca de 7 mil armas pelos antigos guerrilheiros. O conflito armado na Colômbia deixou mais de 260 mil mortos, 60 mil desaparecidos e mais de 7 milhões de deslocados.