O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou, nesta terça-feira (13), a decisão de uma Corte de Apelação por ter confirmado a suspensão do decreto migratório assinado pela Casa Branca. A determinação judicial representa um novo revés contra a medida do republicano.
Críticos afirmam que o decreto é considerado discriminatório contra os muçulmanos. Trump alega, no entanto, que as restrições à imigração são necessárias para combater o terrorismo.
"Bem, como esperado, (a Corte de Apelação) do 9º Circuíto fez isso de novo – Se opôs à INTERDIÇÃO DE VIAGEM em um momento tão perigoso na história do nosso país. S.C", escreveu Donald Trump no início da manhã no Twitter.
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A Corte de Apelação de São Francisco confirmou, na segunda-feira (12), a suspensão do decreto migratório de Trump determinada por um tribunal federal do Havaí. A Corte considera, em particular, que o presidente não demonstrou de modo suficiente que a entrada de cidadãos dos seis países visados pelo decreto de população majoritariamente muçulmana (Irã, Líbia, Síria, Somália, Sudão e Iêmen) "prejudicam os interesses dos Estados Unidos".
O presidente, apresenta a medida como necessária para combater o terrorismo e acionou no início de junho a Suprema Corte, a principal instância judiciária americana. Ele, aparentemente, fez referência nesta terça a este recurso com as letras "S.C." (Supreme Court em inglês) no final do tuíte.
No final de janeiro, a primeira versão do decreto, com o qual Donald Trump queria fechar temporariamente as fronteiras dos Estados Unidos a todos os refugiados e cidadãos de sete países predominantemente muçulmanos, causou uma onda de choque no mundo e caos nos aeroportos americanos.
A aplicação de primeiro decreto foi suspensa em 3 de fevereiro por um juiz federal de Seattle. A segunda versão do decreto – reduzido para seis países, sem o Iraque – também foi bloqueada pela justiça.
Desde o início desta batalha legal, Donald Trump criticou em várias oportunidades as decisões judiciais, às vezes com grande virulência.