A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) afirmou, nesta quinta-feira (1º), que a fuga de civis sírios se intensificou pela previsão de uma ofensiva contra Raqa, reduto do grupo extremista Estado Islâmico (EI) na Síria.
Cerca de 800 pessoas chegam diariamente ao campo de deslocados de Ayn Issa, localizado cerca de 30 quilômetros ao norte de Raqa. Segundo a ONG, faltam recursos humanitários para atender os refugiados.
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Nas últimas semanas, quase 10 mil pessoas chegaram ao campo de deslocados sob o controle das Forças Democráticas Sírias (FDS), aliança de combatentes curdos e árabes apoiada pela coalizão internacional anti-extremista.
– Há pessoas bloqueadas fora do perímetro do campo, já que os procedimentos de controle e registro são longos – explicou à imprensa Natalie Roberts, do Departamento de Emergências da organização humanitária.
As condições de vida são difíceis, devido às altas temperaturas, à falta de água e de barracas, disse Roberts. A ONG não está presente no campo de Ayn Issa.
A coalizão internacional, sob o comando dos Estados Unidos, apoia desde novembro uma grande ofensiva das FDS, que luta contra o EI na Síria, em uma tentativa de tomar Raqa, considerada a "capital" do grupo no país. As FDS estão 3 quilômetros ao leste de Raqa e 4 quilômetros ao norte.