O exército russo anunciou nesta sexta-feira (16) que bombardeou em 28 de maio uma área em Raqa (Síria) onde acontecia uma reunião de líderes do grupo Estado Islâmico (EI) e está verificando se o comandante da organização extremista, Abu Bakr Al-Bagdadi, morreu no ataque.
O bombardeio tinha como alvo uma reunião de líderes do movimento jihadista "na qual participava seu chefe Abu Bakr Al-Bagdadi", afirma um comunicado divulgado pelo ministério russo da Defesa.
– Estamos verificando por vários canais se Al-Bagdadi foi eliminado – completa o texto.
O iraquiano Abu Bakr al-Bagdadi, proclamado "califa" de todos os muçulmanos pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), é um personagem enigmático, que prefere permanecer na sombra. Nascido em 1971 em Samarra, ao norte de Bagdá, Bagdadi, por cuja captura o governo dos Estados Unidos oferece 10 milhões de dólares, é um dos homens mais procurados do planeta. Diversas vezes no passado circularam boatos sobre sua morte.
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O porta-voz da coalizão antijihadista liderada pelos Estados Unidos, Ryan Dillon, afirmou que não poderia confirmar no momento as informações.
De acordo com o ministério russo, o comando do contingente militar do país na Síria "recebeu, no fim de maio, informações sobre a celebração de uma reunião de dirigentes da organização Estado Islâmico na periferia sul de Raqa".
O exército russo afirma que matou vários "altos dirigentes" do EI, quase "30 chefes de guerra e até 300 combatentes".
A Rússia iniciou em setembro de 2015 uma campanha de bombardeios na Síria para respaldar seu aliado, o presidente Bashar al-Assad. Em dezembro de 2016, as forças do governo e os rebeldes assinaram uma trégua, mas esta não se aplica aos jihadistas do EI.
Poderoso e discreto, Bagdadi transformou o EI em uma organização temida, responsável por vários atentados violentos ao redor do planeta.
Washington já o considerou morto em diversas ocasiões. Bagdadi não dá sinais de vida desde uma gravação de áudio divulgada em novembro de 2016, pouco depois do início da ofensiva do exército de Bagdá contra Mossul, o reduto do EI no Iraque.