A polícia londrina não encontrou provas que associem o autor do atentado em Londres com os grupos extremistas Estado Islâmico (EI) ou Al-Qaeda. Segundo um comunicado oficial publicado nesta segunda-feira, Khalid Mansoor também não se radicalizou na prisão. A polícia, porém, afirma que o responsável pelo ataque claramente tinha interesse pela Jihad.
– Não há nenhuma evidência de que Masood se radicalizou na prisão em 2003, como foi sugerido. Isso é pura especulação – observou o chefe do serviço de combate ao terrorismo britânico, Neil Basu.
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Basu pediu que qualquer pessoa que tenha tido contato com Masood no dia do ataque se apresente às autoridades, enquanto a polícia tenta reconstituir seu percurso pouco antes do atentado e entender seus motivos.
O atentado, que fez quatro mortos e mais de 50 feridos na última quarta-feira, foi reivindicado pelo Estado Islâmico. O grupo terrorista afirmou que Masood era um "soldado" da organização.
Neil Basu observou que o agressor utilizou meios "pouco sofisticados, pouco técnicos, baratos e copiando outros ataques, ecoando a retórica dos líderes do EI em termos de metodologia e de ataque contra a polícia e civis".
– Mas nesta fase não temos nenhuma evidência de que ele tenha discutido o assunto com outros – acrescentou o oficial.
Khalil Masood, britânico de 52 anos convertido ao Islã, matou três pessoas atropeladas na ponte de Westminster antes de esfaquear até a morte um policial em frente ao parlamento. Antes do ataque, ele utilizou o WhatsApp para enviar mensagens.
Após o atentado, a polícia prendeu 12 pessoas, das quais duas permaneciam em custódia nesta segunda-feira. Janet Ajao, a mãe de Masood, publicou nesta segunda-feira uma declaração em que condena o ataque que a deixou "chocada e atordoada".
Entre 1983 e 2003, Adrian Russell Ajao, conhecido como Adrian Elms ou Khalid Masood foi condenado por assalto, posse ilegal de armas e por perturbar a ordem pública. Entre novembro de 2005 e novembro de 2006, e também entre abril de 2008 e abril de 2009, foi professor de inglês na Arábia Saudita, segundo confirmou a embaixada saudita que disse que ele não estava na mira de serviços segurança do reino.
*AFP