A Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira ter testado com sucesso um novo míssil balístico lançado neo domingo de uma base aérea situada no oeste do país. O dirigente norte-coreano Kim Jong-Un disse estar "satisfeito que a Coreia do Norte possua um outro meio de ataque nuclear que reforce a potência do país", segundo declaração à agência oficial de imprensa, KCNA.
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O tiro percorreu 500 quilômetros em direção ao leste antes de cair no mar do Japão, segundo o Ministério sul-coreano da Defesa.
O teste é considerado pelo presidente americano Donald Trump como uma "provocação" do regime norte-coreano. O assunto será discutido na noite desta segunda pelo Conselho de Segurança da ONU.
– Parece que o lançamento estava destinado a chamar a atenção através do desenvolvimento das capacidades nucleares e de mísseis da Coreia do Norte – comentou o ministério da Defesa sul-coreano.
As fotografias divulgadas pela agência norte-coreana KCNA mostram o lançamento do míssil de médio a longo alcance Pukguksong-2, enquanto o líder norte-coreano assiste ao teste sorridente, acompanhado de dezenas de soldados e cientistas. Ele guiou "pessoalmente" os preparativos.
O motor do míssil utiliza combustível sólido, acrescentou a KCNA, o que diminui o tempo de abastecimento. A maioria dos mísseis utiliza combustível líquido, de acordo com Yun Duk-Min, analista no Instituto de Relações Exteriores e da Segurança da Coreia do Sul. A detecção desse tipo de míssil pelos satélites de segurança também é mais complicada, explicou.
– Isso representa também uma ameaça maior para os adversários – acrescentou.
Esta é a primeira vez que a Coreia do Norte fala abertamente sobre o Pukguksong-2.
Sanções
As resoluções da ONU proíbem a Coreia do Norte de implementar programas nucleares ou balísticos. Desde o primeiro teste, em 2006, o regime já foi alvo de seis rodadas de sanções que não alteraram os planos do regime em abandonar suas ambições militares. Em 2016, a Coreia do Norte fez dois testes nucleares e lançou cerca de vinte mísseis balísticos.