O presidente americano, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira um decreto que impede o financiamento com recursos federais de ONGs estrangeiras que apoiam o aborto.
A medida foi instaurada pelo republicano Ronald Reagan (1981-1989) e cancelada pelo democrata Bill Clinton (1993-2001). O republicano George W. Bush (2001-2009) voltou a implantá-la em seu governo, mas Barack Obama (2009-2017) a suprimiu novamente.
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As associações americanas de planejamento familiar e de defesa dos direitos da mulher estavam na expectativa depois que o novo presidente cercou-se, em seu governo, de altos cargos abertamente contrários ao direito ao aborto.
Incentivados pela vitória de Donald Trump, em 8 de novembro passado, os críticos ao aborto nos Estados Unidos se mobilizaram e adotaram no mês passado nos Estados que governam medidas antiaborto duras e questionadas. O novo presidente apressou-se em nomear ao Supremo Tribunal um juiz ferozmente contrário ao aborto, destacando que esta nova relação de poder na alta jurisdição poderia desembocar "automaticamente" na anulação da sentença do caso "Roe v. Wade", que legalizou o aborto nos Estados Unidos em 1973.