O papa Francisco denunciou, nesta segunda-feira, em uma saudação direcionada a diplomatas, a "loucura homicida" do terrorismo jihadista. Mais uma vez, o pontífice pediu a todos os líderes religiosos que se "lembrem de que jamais se pode matar em nome de Deus".
Diante de embaixadores estrangeiros na Santa Sé, o papa lembrou dos países atingidos em 2016 "pelo terrorismo de matriz fundamentalista" e criticou "a loucura homicida que abusa do nome de Deus para semear a morte".
– São gestos vis, que usam crianças para matar, como na Nigéria. Eles visam aqueles que oram, como na catedral copta do Cairo, ou simplesmente alguém que anda pelas ruas da cidade, como em Nice e Berlim, ou aquele que comemora a chegada do Ano Novo, como em Istambul – lembrou.
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Para o Papa, o "terrorismo fundamentalista é fruto de uma grave pobreza espiritual, que está muitas vezes ligada a uma grande pobreza social" e "pode ser totalmente superada com a contribuição conjunta dos líderes religiosos e políticos".
O pontífice apelou para que os políticos "garantam no espaço público o direito à liberdade religiosa, reconhecendo a contribuição positiva que ela exerce", enquanto luta através de "políticas sociais adequadas" para "prevenir estas condições que se tornam terreno fértil para o surgimento do fundamentalismo".