A chanceler alemã Angela Merkel classificou, nesta terça-feira, como "atentado terrorista" o ataque com caminhão em uma feira de Natal de Berlim que matou 12 pessoas e deixou 48 feridos. Mais cedo, a polícia alemã disse que a ocorrência se tratava de "provável atentado terrorista". Merkel afirmou que, provavelmente, o motorista do veículo e autor do atropelamento era um demandante de asilo.
– Sei que, para nós, seria particularmente difícil suportar se for confirmado que este ato foi cometido por uma pessoa que pediu proteção e asilo na Alemanha – afirmou na televisão, em sua primeira reação após o atropelamento.
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Atropelamento em Berlim foi "provável atentado terrorista", diz polícia alemã
Atropelamento na capital alemã foi "atentado terrorista", afirma Merkel
De acordo com fontes do serviço de segurança citadas pela agência alemã DPA, o homem detido seria paquistanês. Ele teria chegado à Alemanha como solicitante de asilo em fevereiro de 2016. A polícia, no entanto, se recusou a comentar a informação.
Até o momento, as autoridades não divulgaram as identidades das vítimas. A polícia informou apenas que uma delas é o homem encontrado morto na cabine do caminhão, um cidadão polonês. Ele foi assassinado com uma arma de fogo, anunciou o ministério regional de Brandeburgo.
– Entre as vítimas está uma pessoa que foi assassinada a tiros – informou o ministro do Interior do estado regional vizinho de Berlim, Karl-Heinz Schroeter. – Trata-se de um cidadão polonês que é uma vítima e não um agressor – completou, incluindo o polonês entre os 12 mortos no atentado de segunda-feira.
O dono da empresa proprietária do caminhão afirmou que não tinha informações sobre o motorista.
– Não temos contato com ele desde esta tarde (de segunda-feira). Não sei o que aconteceu com ele. É meu primo. Eu o conheço desde a infância. Eu respondo por ele – declarou Ariel Zurawski.
Mercados de Natal permanecerão abertos na Alemanha
O Ministério alemão do Interior classificou como "atentado" o atropelamento ocorrido na segunda-feira, sem revelar detalhes sobre o suspeito ou suas motivações.
"Pouco importa o que saberemos sobre as motivações do agressor, não devemos deixar que roubem nosso modo de vida, fundado na liberdade", afirmou o ministro Thomas de Maizière em um comunicado, no qual acrescenta que "os mercados de Natal permanecerão abertos" no país, acompanhados das "medidas de segurança adequadas".