O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, fez um apelo, nesta segunda-feira, para que os países ocidentais apoiem a luta da Turquia contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). Ele acusou os europeus de deixar os curdos agir livremente em seu território.
Em uma reunião da Otan, realizada em Istambul, Erdogan disse esperar o apoio da Aliança Atlântica contra "todas as organizações terroristas", começando pelo grupo Estado Islâmico e o PKK.
– Os que têm uma atitude indecisa serão atingidos, mais cedo ou mais tarde, por estes grupos. Não conseguimos aceitar o fato de que os membros do PKK possam se deslocar livremente nos países da União Europeia – alertou Erdogan antes de acusar a União Europeia de ter uma atitude permissiva para com os separatistas curdos.
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As afirmações de Erdogan acontecem em um contexto de alta tensão entre UE e Turquia desde o fracasso do golpe de Estado, em 15 de julho. A União Europeia criticou a amplitude do expurgo após o golpe fracassado, que incluiu a prisão de dirigentes e parlamentares do principal partido pró-curdo.
Recentemente, o presidente turco afirmou que poderá convocar um referendo para decidir se deve continuar ou não com o processo de adesão da Turquia à União Europeia. No domingo, a Turquia sinalizou que poderá se unir à Organização de Cooperação de Xangai (OCS), uma estrutura patrocinada conjuntamente pela China e a Rússia.