Na primeira visita de um representante do executivo italiano desde 1958, a ministra Maria Elena Boschi (das Reformas Constitucionais) estará nesta quarta-feira em Porto Alegre para fazer campanha pelo "sim" no referendo que decidirá, em 4 de dezembro, a primeira reforma constitucional italiana desde a criação da República, há 70 anos.
Maria Elena estará em Porto Alegre para fazer campanha junto às pessoas que têm cidadania italiana e, com isso, direito ao voto. O evento, aberto ao público, ocorre às 19h, no salão de festas principal do Clube Náutico União, no bairro Alto Petrópolis, na Capital. Ela também aproveitará a viagem para tratar de temas culturais e comerciais que envolvam o Rio Grande do Sul. Assim, às 18h, ela será recebida pelo governador José Ivo Sartori no Palácio Piratini.
O principal objetivo da reforma é o de simplificar o processo legislativo italiano. Caso seja aprovada, estabelecerá o fim do chamado "bicameralismo perfeito" (ou "paritário"). Será o esvaziamento do Senado, que passará de 315 para cem integrantes, e eles não receberão mais salários, votando apenas um número limitado de leis. O parlamento será mais ágil em suas atribuições, e a expectativa é de que os governos sejam mais estáveis.
A aprovação da reforma, que agora terá de ser referendada pelo voto popular, foi considerada uma vitória do primeiro-ministro Matteo Renzi, que a impulsionou. Na ocasião, ele comentou:
– A longa temporada da política sem resultados acabou. As reformas estão sendo feitas.
Depois, no Twitter, o chefe de governo voltou a se manifestar, acrescentando: "Obrigado a todos os que acreditam no sonho de uma Itália simples e mais forte. Para isso servem as reformas".
Maria Elena estará em Porto Alegre para fazer campanha junto às pessoas que têm cidadania italiana e, com isso, direito ao voto. Há mais de 50 mil eleitores italianos. Na última eleição, 26,7% deles votaram, o que é um índice considerado alto na comparação com os 31,1% votantes na Itália, onde o voto é facultativo.